Marvão decidiu retirar a candidatura para evitar a sua anulação, depois de o ICOMOS (Conselho Mundial de Monumentos e Sítios), um órgão consultivo da UNESCO que propõe os bens para a classificação de Património Cultural da Humanidade, ter dado parecer negativo.
Um dos argumentos em que o ICOMOS se baseou para dar parecer negativo reside no facto de "Marvão não ser único", existindo outros locais no mundo com as mesmas características daquele sítio.
O coordenador da comissão técnico-científica da candidatura de Marvão indicou que está a ser equacionada a possibilidade de avançar com um novo processo, desta vez conjunto, com outros sítios de igual valor patrimonial em Portugal ou Espanha.
Depois do anúncio oficial da retirada da candidatura, a ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, já garantiu que o Governo vai «apoiar cientificamente a reformulação» da candidatura de Marvão, no sentido de se reforçar a singularidade e especificidade da região, no contexto europeu, daquela vila fortificada.
A candidatura de Marvão a Património Mundial começou a ser preparada no final de 1998 e a decisão final da UNESCO era aguardada para o próximo mês de Julho.
